Brincar com sons
Juntar letras
Formar palavras
Descobrir a sonoridade e o nome de tudo
Que está no mundo
nas coisas
no pensamento.

Ler é tão bom!

Poder viajar
Conhecer mundos de ontem
de hoje
de amanhã.
Imaginar.
Criar.
Sonhar.
A leitura permite isso e muito mais
Pois ler é tão bom!

terça-feira, 2 de abril de 2024

2 de Abril - Dia Internacional do Livro Infantil

2 de Abril - Dia Internacional do Livro Infantil

Desde pequena, os contos de Hans Christian ANDERSEN fazem parte do meu acervo literário, pois leitora assídua, mais que ouvinte de contos, prosas e versos. Em  minhas memórias afetivas, vejo a menina lendo e relendo os dez volumes da coleção Reino Infantil, presente de conclusão da Alfabetização e de livros específicos do Tesouro da Juventude, coleção de 18 volumes. Duas coleções que me acompanharam até a idade adulta. Mas, somente há pouco, pouquinho mesmo, que tenho às mãos o belíssimo exemplar editado pelas Paulinas e traduzidos do dinamarquês por Sílvia Duarte, com prefácio e comentários de Nelly Novaes Coelho. Oportunizando esse (meu) encontro com Anderson, Celso Sisto, professor, escritor, contador de história, múltiplo artista ao criar e coordenar um novo grupo Arte Composta - Clube de Leitura e Criação

 Hans Christian Andersen em 1869 aos sessenta e quatro anos
O dinamarquês Hans Cristian Anderson nasceu em 2 de abril de 1805 e faleceu em 4 de agosto de 1875. Considerado o pai do conto de fadas moderno, com mais de 15o narrativas ficcionais registradas entre peças, relatos de viagem, romances e poemas. São os Contos de Fadas, compostos por 156 histórias compiladas em nove volumes e traduzidas em mais de 125 idiomas que o transformam num dos maiores escritores de literatura para crianças e o patrono internacional da literatura infantil.

terça-feira, 19 de março de 2024

Dia Mundial do CUSCUZ: 19 de Março

Dia Mundial do CUSCUZ: 19 de Março

Buscando belezura hoje. Memórias afetivas no dia do Cuscuz. Do Milho, pra nós nordestinas e nordestinos muitas gostosuras: milho assado, milho cozido, cuscuz, pamonha, canjica, xerém, angu, pipoca, broa, bolo, pudim, curau, sorvete, e mais. Qualquer opção, sentidos são contemplados: paladar, olfato, visão, audição, tato. E afeto, companheirismo, dedicação, solidariedade. Tradicionalmente, 19 de Março, dia de São José, se inicia o plantio do Milho. Colhido, em cerca de três meses, é a base da Culinária Junina. Festas de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo.

Voltando a falar, particularmente, sobre o Cuscuz que pode ser consumido com uma variedade de acompanhamento: com manteiga, leite, café, carne (guizada, de sol, de charque, de porco, de bode), com galinha, ovos, queijo, embutidos, frios e o que mais se quiser. E a sua popularidade não se restringe às terras nordestinas. Do outro lado do Atlântico, crianças amam "cuscuzinho com leite ou com ovo". Não é Yann e Nick? E, se Vovô quem fez, mais delícia, ainda!


A UNESCO concedeu ao cuscuz status de Patrimônio Imaterial da Humanidade desde 16.12. 2020, atendendo solicitação conjunta da Argélia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia. Através de vídeo-chamada a Unesco declarou na ocasião que : “Essa inscrição conjunta de um patrimônio compartilhado ilustra até que ponto o patrimônio cultural imaterial pode ser um assunto sobre o qual os Estados se reúnem e cooperam (…) aproximando-os por meio das práticas e saberes que têm em comum”.


O cuscuz surgiu na África. Os mouros berberes, povo habitante do norte do continente africano, tradicionalmente usavam a sêmola de trigo, além de cevada, arroz ou sorgo. Ao conquistar a Península Ibérica (ano de 711 e por quase oito séculos) os mouros levaram hábitos alimentares para Espanha e Portugal. Com a "descoberta" do Brasil pelos portugueses novos hábitos alimentares foram sendo introduzidos na colônia tornando-se base da alimentação só que usando a farinha do milho, planta nativa e farta nas Américas.
Luiz da Câmara Cascudo, no livro A história da alimentação no Brasil, já apontava o cuscuz como um dos pilares da culinária brasileira.
Desde o período colonial, o cuscuz nordestino já se personalizava: feito com milho, cozido no vapor em uma cuscuzeira. Granulado e mais parecido com o africano. Na versão salgada com acompanhamento diversos: ovos, manteiga, carnes diversas, embutidos e frios. Na versão doce, embebido em leite de coco, geleias, etc. Consumido, principalmente, no café da manhã, embora presente, em outras refeições diárias. 

"O cuscuz é um alimento que representa a transformação cultural de uma comida africana, sofreu influências locais brasileira, é um exemplo de comida descolonizada reproduzindo a cultura culinária que cada região do Brasil e essas exercem influências sobre uma única receita e, assim, criou novos sabores, formatos e histórias."

https://mundonegro.inf.br/cuscuz-a-historia-do-alimento-que-tem-origem-no-norte-da-africa-e-se-tornou-patrimonio-imaterial-da-humanidade/

Mais informações:



https://www.receiteria.com.br/receitas-de-cuscuz/

Olinda/PE 19.03.2024

terça-feira, 12 de março de 2024

RECIFE e OLINDA: Parabéns cidades! - Aprendizagens Compartilhadas


RECIFE e OLINDA: Parabéns Cidades!
 
12 de Março de 2024, as Cidades-irmãs pernambucanas celebram mais um ano de criação. Recife, 487 e Olinda, 489. Compartilham Histórias, Culturas e Personalidades. Transitar entre as duas é situação corriqueira para quem mora em uma ou outra. E comigo não foi diferente. Grande parte de meu viver foi na capital pernambucana, agora em Olinda, onde estou há mais de década. O (meu) trânsito entre as duas acontece, diminuto, verdade, consequência dos anos difíceis da Pandemia da Covid-19 e outras particularidades.

Buscando dados para esta postagem, reencontrei um material especial, produto de uma formação do PMBFL-Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, no já longínquo ano de 2009 e coordenado pelo Escritor Raimundo de Moraes. Instigada pelo questionamento "O que Recife lhe ensinou?" escrevi o texto que transcrevo abaixo. Ele, juntamente com o de algumas Mediadoras e Mediadores de Leitura foram compilados para o site interpoética, de Cida Pedrosa e Raimundo de Moraes. 

Quase tudo em minha vida, pois sou duplamente nordestina, desde o DNA.
Aqui aprendi a valorizar a cultura, a pesquisar sobre Pernambuco e Recife: multiculturais. Folclore riquíssimo! Museus. Casa da Cultura. Igrejas seculares. Pesquisadores e estudiosos embasando meus conhecimentos.
Aqui vivenciei sentimentos. Firmei caráter. Respeito ao outro. Cidadania. Nas escolas que estudei e trabalhei. Na convivência diária com um povo cabra da peste! que ama e vive vidas severinas quase sempre. E emociona nas artes, nas músicas, nas letras, nas poesias.
Aqui realimento meu arquivo pessoal de lembranças quando saio pelas ruas da cidade, observando a arquitetura, as praças, as pontes, os rios. Sentindo o sol e a chuva sob influências e devastações, que o humano, muitas vezes, faz na geografia da cidade.
Aqui vivo meu tempo. Um tempo tríduo, onde passado, presente e futuro me fazem e deixam marcas, inclusive físicas. Onde ritmos musicais diferentes me soam conforme as emoções.
Recife é... meu lugar de aprendizagens.
Thelma Regina Siqueira Linhares
GBFL

http://lereescreveremrede.blogspot.com/2013/11/o-que-o-recife-lhe-ensinou-perguntou.html

terça-feira, 5 de março de 2024

Quando a POESIA tematiza a MORTE"

 

Quando a Poesia tematiza a Morte. Não referente a um SER específico, mas o pensamento da perda e da saudade, toca a sensibilidade e criatividade de quem faz uso da palavra para expressar sentimentos. 

Assim com o 
Pardalzinho de Manuel Bandeira.

O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!

*************

A Pombinha da Mata de Cecília Meireles:

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com fome",
disse o primeiro,
"e não tem nada para comer."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha carpir.

"Eu acho que ela ficou presa",
disse o segundo,
"e não sabe como fugir."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com saudade",
disse o terceiro,
"e com certeza vai morrer."

*************

Há décadas, escrevi um poema autoexplicativo da situação que motivou a escrita, misto de tristeza, indignação, perplexidade, denúncia. É a palavra cumprindo sua vasta função social.

RÉQUIEM A UM CÃO DESCONHECIDO

Não vai voltar para casa
atropelado que foi...
Marrom e branco
peludo
corrente ao pescoço
acomodado entre os gelos baianos
da agitada avenida
por algumas mãos humanas.
Proteção tardia – é verdade -
pois motorista incauto o atropelou.
Não vai voltar para casa...
E é triste pensar nisso!
Quem o esperaria?
Quem sentiria sua falta?
Quem por si iria chorar?

... E absurdamente!
24 horas depois
continuava ao relento
inerte, como a vida que lhe foi tirada.
Prova concreta – como se preciso fosse
do descaso
da insensibilidade
da irracionalidade do ser humano
e da ineficiência e descaso dos órgãos públicos.
Em pleno século XXI
e até quando?!

*************

Dia de gato ou de cão?

Sthella sempre quis criar gatos. O maior sonho dos seus cinco/seis anos foi, temporariamente, realizado.
Por uma semana, criou um gatinho amarelo e branco. Chamou-o de Miúcha. Deu-lhe muito colo. Tirou várias fotos.
Após muita argumentação do pai e da mãe, concordou em doá-lo para Dulce, irmã de vovó Dinha que, sempre gostou muito de felinos. Tendo sempre notícias dele - na verdade, um macho, que lá recebeu o nome de Brilhante.

Tempos depois, numa noite, um filhote cinza cruzou seu caminho e foi trazido para casa.
Acordando bem cedo, não encontrou o gatinho, que fugiu durante a noite...
Muita tristeza. Muito choro. Olhos inchados por horas.
Conclusão: a menina passou um dia de cão... por causa de gato.

*************

Recentemente, voltei a abordar o tema.





aos pés da Mangueira
dorme bebezão, pequena vida alada
de um Anun Preto em vôo infinito.
(Encontrado na sexta-feira no chão, esperto e quase inteiramente penado. Foi colocado no tronco da Mangueira, chamando os seus e recebendo respostas vocais. Ficou sem ser visto, desde então, até há pouco, quando foi encontrado sem vida, pertinho da Mangueira... Enterrado, será adubo pra Árvore, seu mundo.)
Olinda/PE 04.03.2024

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Literatura e ENVELHECIMENTO



quando há na pele
"trincadinho" 
Tempo, seu nome

Lembrando Bartolomeu Campos de Queirós, trago no blog uma lista literária que aborda o tema sobre o Envelhecimento. Priorizo a indicação de livros que li e me encantei enquanto lotada no PMBFL-Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores. No Espaço de Leitura Estrela da Vida Inteira, sempre um convite às leituras, incríveis leituras, grandes encontros.





Esses livros oferecem Poesia sobre essa fase de Vida, uma celebração.



O tema Envelhecimento apresentado sob múltiplos olhares. Com humor, leveza, serenidade, memórias afetivas, sonhos e realizações. Afinal, uma etapa a mais do Ciclo da Vida, enquanto o Tempo se faz. Com certeza, na companhia da Literatura, mais encantamentos haverá. 
















terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Brincar com letras

Brincar com Letras

está escondida
a melhor palavra
para cumprir o prometido
- fomentar o blog às terças-feiras

assim vou brincar com as letras
A  E  G  I  L  R 
e logo encontro
ALEGRIA
ALERGIA
GALERIA

e destaco que
com ALEGRIA chego à GALERIA apesar da ALERGIA...

e você que tal, também, brincar com as letras?
Conta vai.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Enredos das Escolas de Samba - História na Passarela

 
foto do amanhecer no Rio de Janeiro,
após o desfile das Escolas de Samba do grupo especial,
transmitido pela Globo, em 13.02.2024

Encerrando o Ciclo Carnavalesco refiro-me à importância dos enredos das Escolas de Samba, especialmente as do Rio de Janeiro, para o conhecimento da História do Brasil. Cada vez mais, a pesquisa se aprimora, extrapolando temas que não chegaram aos livros didáticos ou a eles foram abordados de uma forma unilateral ou superficialmente. Grande trabalho que se revela nas letras das músicas, se materializa nas fantasias, alas e carros alegóricos. Para entretenimento da própria comunidade, público presente na Sapucaí e quem acompanha pelas diversas mídias.

Cito alguns sambas-enredos históricos incríveis, que me emocionaram ao longo de décadas.  
* Aquarela Brasileira (Escola Império Serrano, 1964. De Silas de Oliveira);
* Kizomba, a Festa de uma Raça (Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, 1988. De Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila);
Peguei um ita no Norte (Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, 1993. De Arizão, Bala, Celsoo Trindade, Dema Chagas, Guaracy, Quinho);
* História para ninar gente grande (Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, 2019. De Tomaz Miranda, Ronie Oliveira, Márcio Bola, Mamá, Deivid Domênico, Danilo Firmino); 

Neste ano, acompanhando pela TV, independente do resultado a sair na Quarta-feira de Cinzas, gostei bastante dos sambas
apresentados pelo Salgueiro (destacando a Mitologia e luta do Povo Yanomami) e pela Portela (baseado no livro honônimo de Ana Maria Guimarães, refaz caminhos de afeto e busca da Mãe preta Luiza Mahim por seu filho Luiz Gama). Uma dica de leitura, inclusive.

* Hutukara  (Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro,2014. De Pedrinho da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Grande, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro.) 

* Um Defeito de Cor (Escola de Samba Portela, 2024. De Rafael Gigante, Vinicius Ferreira, Wanderley Monteiro, Jefferson Oliveira, Hélio Porto, Bira, André do Posto.)

Terça-feira de Carnaval. EVOÉ!!!

Olinda/PE13.02.2024